quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Entrevista com Michel Cahen : "Em Moçambique só há partidos de direita", para a Revista Plural

Fica aqui o link da entrevista que fiz junto com o sociólogo moçambicano Joaquim Maloa, com o professor  Michel Cahen, para a Revista Plural - dos alunos da pós-graduação em Sociologia da USP. Além de ser muito simpático, é um grande pesquisador na área de estudos sobre África, especialmente sobre os países onde se fala português. Deixo abaixo, a breve apresentação que fizemos do professor:

"Michel Cahen é pesquisador do Centre National de la Recherche Scientifique (CNRS) no Centre “Les Afriques dans le Monde” (“As Áfricas no mundo”), do Instituto de Estudos Políticos da Universidade de Bordeaux, na França. Esteve à frente da organização da revista Lusotopie, de 1992 a 2009, uma das principais publicações acadêmicas a abordar temas relativos aos desdobramentos da experiência colonial lusitana na África e no Brasil. Além de ser um dos grandes nomes contemporâneos da história social e política da África Colonial Portuguesa, é autor de alguns clássicos da produção historiográfica sobre colonização e vida pós-colonial nos países da África Portuguesa, tais como: Mozambique, la révolution implosée. Études sur 12 ans d’indépendance (1975-1987), lançado em 1987 (Paris, L’Harmattan), e Os outros: um historiador em Moçambique, 1994, publicado em francês em 2002 (Paris, Fondation Calouste Gulbenkian) e em português em 2003 (Basileia, P. Schlettwein Publishing). 
Também publicou um livro sobre a única minoria linguística de Portugal, a comunidade mirandesda: Le Portugal bilingue. Histoire et droits politiques d’une minorité linguistique: la communauté mirandaise, em 2009 (Rennes, Presses Universitaires de Rennes). Recentemente, em 2012, o pesquisador lançou o livro organizado juntamente com Éric Morier-Genoud1, Imperial migrations: colonial communities and Diaspora in the Portuguese world. (Basingstoke, Palgrave MacMillan).No primeiro semestre deste ano, o professor Cahen ministrou o curso “História social e política da África Portuguesa (1885-1975)”, para o Programa de Pós-Graduação em Sociologia da Universidade de São Paulo (PPGS/USP), em que abordou questões e embates teórico-historiográficos que suas perspectivas trazem. Os estudantes/entrevistadores conformam parte do conjunto de interessados naobra desse pensador, que ultrapassa as preocupações e os métodos da disciplinahistórica e alcança também sociólogos, antropólogos e demais interessados nas dinâmicas passadas e contemporâneas do continente africano."

Link:
http://www.fflch.usp.br/ds/plural/edicoes/20_1/plural_v20n1_entrevista.pdf

terça-feira, 13 de agosto de 2013

Borges e a nação

Não me surpreende que um dos principais escritores dos anos dourados argentinos, tenha produzido tão belo poema sobre o fenômeno nacional. Gênio como poucos, ele capta quase que antropologicamente um fenômeno tão latinoamericano, tão moderno, e por isso dotado de uma incompletude infinita. A nação, a pátria, a terra natal, as memórias e esquecimentos, o fratricídio - asserções cuidadosamente elaboradas também por Benedict Anderson em 1983, já são previstas pelo filósofo dos pampas, em "Oda Escrita en 1966":

Nadie es la patria. Ni siquiera el jinete
que, alto en el alba de una plaza desierta,
rige un corcel de bronce por el tiempo,
ni los otros que miran desde el mármol,
ni los que prodigaron su bélica ceniza
por los campos de América
o dejaron un verso o una hazaña
o la memoria de una vida cabal
en el justo ejercicio de los días.
Nadie es la patria. Ni siquiera los símbolos.

Nadie es la patria. Ni siquiera el tiempo
cargado de batallas, de espadas y de éxodos
y de la lenta población de regiones
que lindan con la aurora y el ocaso,
y de rostros que van envejeciendo
en los espejos que se empañan
y de sufridas agonías anónimas
que duran hasta el alba
y de la telaraña de la lluvia
sobre negros jardines.

La patria, amigos, es un acto perpetuo
como el perpetuo mundo. (Si el Eterno
Espectador dejara de soñarnos
un solo instante, nos fulminaría,
blanco y brusco relámpago, Su olvido.)
Nadie es la patria, pero todos debemos
ser dignos del antiguo juramento
que prestaron aquellos caballeros
de ser lo que ignoraban, argentinos,
de ser lo que serían por el hecho
de haber jurado en esa vieja casa.
Somos el porvenir de esos varones,
la justificación de aquellos muertos;
nuestro deber es la gloriosa carga
que a nuestra sombra legan esas sombras
que debemos salvar.

Nadie es la patria, pero todos lo somos.
Arda en mi pecho y en el vuestro, incesante,
ese límpido fuego misterioso.


--
Fica a sugestão de música para embalar os marcadores das pátrias,
do nosso querido Caetano:


segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Agradecendo a quem?

Aproveito o pedido de alguns amigos e a recente organização das fotos de minha formatura, para postar o discurso que escrevi em agradecimento às formas de religiosidade e espiritualidade. Espero que agrade, irrite, incomode, mas, acima de tudo, que movimente os pensamentos e as ações daqueles que o lerem! Hasta luego



Agradecimento a Deus – Victor Miguel Castillo de Macedo
Prezados colegas, pais, professores e demais convidados, boa noite. Gostaria de iniciar esse agradecimento, com uma quebra de protocolo. Peço licença a todos vocês, para agradecer a todas as formas de espiritualidade e religiosidade com seus diferentes dogmas e doutrinas, incluindo neste conjunto a própria prática científica. Como me considero um católico apostólico latino-americano, não me sinto capaz de falar desde o ponto de vista de outros credos. É mais fácil compartilhar com vocês um pouco do que entendo por “Deus”.
Pode soar como uma demagogia cristã, mas é na diversidade de crenças que acredito que reside de fato o divino. Umbandistas, praticantes do candomblé, espíritas, harekrishnas, evangélicos, judeus entre muitos outros, como socialistas, anarquistas, liberais, e até mesmo os “temidos” ateus, fizeram parte desta nossa passagem pelo curso de Ciências Sociais. O que dizer dessa diversidade? De certa forma a santíssima trindade formada por Marx, Weber e Durkheim, uniu a todos nós. Apesar das instituições antigas, como aquela que gere meu credo, sofrerem sempre críticas ferozes, e na maioria das vezes justas, o que se deve agradecer aqui é o aprendizado do respeito.
Se em aulas de catequese eu aprendi na teoria que deveria “amar o próximo como a mim mesmo”, durante o curso este amor se fez verbo, mesmo que eu não quisesse. Não bastou afirmar o respeito, foi necessário conviver, dialogar e aprender com pessoas muito parecidas em tantas coisas, mas que na verdade tinham visões de mundo e histórias de vida completamente distintas. Em comum, tínhamos as provas, os trabalhos e o pátio da reitoria.
Pouco a pouco os conhecimentos e a sensatez, me fizeram entender que as disputas de poder dentro do complexo jogo da economia das trocas simbólicas, sempre me cobrariam uma posição enquanto alguém que assume um credo. Fosse esse credo uma religião ou uma filiação teórica.

E se devemos agradecer a Deus, neste momento, pelos anos de estudo, observação e experimentação das coisas do social, devemos também ser responsáveis com elas. Agradecer a Deus, é pedir que a Laicidade do Estado seja levada a sério, e da mesma forma que a liberdade religiosa seja exercida como um direito ao amor. Agradecer a Deus é entender que: quer queiramos ou não, Deus, ou qualquer outra categoria que designe essa mediação entre eventos objetivos e estruturas simbólicas subjetivas, volta e meia, estará lá para nos guardar. Volto ao começo deste agradecimento, e tomo a liberdade de desejar aos colegas, muita sorte de diversas formas diferentes! Axé, pra quem é de Axé, Saravá, para quem é de Saravá, Aleluia para quem é de Aleluia, Amém, Shalom e Namastê para todos vocês! Muito obrigado.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Sobre o labirinto dos efeitos e das causas

Na falta do que falar, eu agradeço a esse "labirinto dos efeitos e das causas", que me norteia e me confunde. Agradeço pelos meus amores e pela minha família, agradeço sobretudo, por meus amigos que me mantém distraído dos meus "demônios" e me arrancam sorrisos gratuitos. A eles devo a capacidade de aceitar que algumas coisas não podem voltar, mas que isso não significa que não possam ser tão boas quanto antes. Nesse poema Borges agradece à alguns dons, que são pilares da modernidade cultural, e finaliza chamando a música de "misteriosa forma do tempo". Se meu tempo agora fosse uma música seria alguma composição do Chico, daquelas que só ele mesmo sabe o que significa e a que se direciona. Queria eu ter escrito o poema que segue:
 
Otro poema de los dones -Jorge Luis Borges

Gracias quiero dar al divino Laberinto de los efectos y de las causas

Por la diversidad de las criaturas que forman este singular universo,

Por la razón, que no cesará de soñar con un plano del laberinto,

Por el rostro de Elena y la perseverancia de Ulises,

Por el amor, que nos deja ver a los otros como los ve la divinidad,

Por el firme diamante y el agua suelta,

Por el álgebra, palacio de precisos cristales,

Por las místicas monedas de Ángel Silesio,

Por Schopenhauer, que acaso descifró el universo,

Por el fulgor del fuego,

Que ningún ser humano puede mirar sin un asombro antiguo,

Por la caoba, el cedro y el sándalo,

Por el pan y la sal,

Por el misterio de la rosa, que prodiga color y que no lo ve,

Por ciertas vísperas y días de 1955,

Por los duros troperos que en la llanura arrean los animales y el alba,

Por la mañana en Montevideo,

Por el arte de la amistad,

Por el último día de Sócrates,

Por las palabras que en un crepúsculo se dijeron de una cruz a otra cruz,

Por aquel sueño del Islam que abarcó mil noches y una noche,

Por aquel otro sueño del infierno,

De la torre del fuego que purifica
Y de las esferas gloriosas,

Por Swedenborg, que conversaba con los ángeles en las calles de Londres,

Por los ríos secretos e inmemoriales que convergen en mí,

Por el idioma que, hace siglos, hablé en Nortumbria,

Por la espada y el arpa de los sajones,

Por el mar, que es un desierto resplandeciente

Y una cifra de cosas que no sabemos
Y un epitafio de los vikings,

Por la música verbal de Inglaterra,

Por la música verbal de Alemania,

Por el oro, que relumbra en los versos,

Por el épico invierno,

Por el nombre de un libro que no he leído: Gesta Dei per Francos,

Por Verlaine, inocente como los pájaros,

Por el prisma de cristal y la pesa de bronce,

Por las rayas del tigre,

Por las altas torres de San Francisco y de la isla de Manhattan,

Por la mañana en Texas,

Por aquel sevillano que redactó la Epístola Moral

Y cuyo nombre, como él hubiera preferido, ignoramos,

Por Séneca y Lucano, de Córdoba

Que antes del español escribieron
Toda la literatura española,

Por el geométrico y bizarro ajedrez

Por la tortuga de Zenón y el mapa de Royce,

Por el olor medicinal de los eucaliptos,

Por el lenguaje, que puede simular la sabiduría,

Por el olvido, que anula o modifica el pasado,

Por la costumbre, que nos repite y nos confirma como un espejo,

Por la mañana, que nos depara la ilusión de un principio,

Por la noche, su tiniebla y su astronomía,

Por el valor y la felicidad de los otros,

Por la patria, sentida in los jazmines, o en una vieja espada,

Por Whitman y Francisco de Asís, que ya escribieron el poema,

Por el hecho de que el poema es inagotable

Y se confunde con la suma de las criaturas
Y no llegará jamás al último verso
Y varía según los hombres,

Por Frances Haslam, que pidió perdón a sus hijos por morir tan despacio,

Por los minutos que preceden al sueño,

Por el sueño y la muerte, esos dos tesoros ocultos,

Por los íntimos dones que no enumero,

Por la música, misteriosa forma del tiempo.

Jorge Luis Borges (El otro, el mismo - Emecé, Buenos Aires, 1996, 3a Ed.)

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Nova velha vida

Estive brigado com as palavras, mas como nada é eterno nessa vida, fiz as pazes com essas companheiras de solidão. No som do computador um samba me ajuda a pensar coisas para escrever e maneiras de traduzir minha vida nesse pequeno espaço. Da última vez que escrevi no blog tinha frescas em mim, as lembranças da Bolívia. Hoje, quatro meses depois, já devidamente engolido pela minha rotina de aulas, monografia e bares parece que as montanhas bolivianas ainda estão vivas no meu pensar. E ainda assim mudei muito, os efeitos do intercâmbio nas terras argentinas ainda estão por ser descobertos. Meus antigos amigos, da faculdade, são cada vez mais irmãos, daqueles que você tem uma relação espontânea e que não poupa palavras para elogiar nem para tirar sarro. Os novos, que antes da minha viagem eram somente conhecidos com coisas em comum, se mostram a cada dia pessoas surpreendentes e cada vez mais me encantam. A Camila, ou cami, ou loirão, minha querida amiga de São Bento que foi para Tucumán pela UFPR também, e mora em Curitiba parece a ligação que eu tenho com um tempo que nunca existiu. Parece que nós temos um segredo, alguma coisa que só quem esteve lá pode entender. Pensei também que, depois do intercâmbio, nunca mais conseguiria estudar, mas me enganei redondamente. Meus interlocutores intelectuais aqui são pessoas incríveis, das mais diversas origens sociais e dos mais diversos gostos. Pessoas que em pouco tempo me inspiraram a enfiar a cara nos livros novamente. Saudades eu tinha, e nem imaginava, do Bar do Seu Aloízio, ou Casa Verde. Saudades de todos os bares curitibanos, com suas comandas, skols e saídas para fumantes. Sentia falta também do revolvido café da cantina da reitoria, que hoje em dia já voltei a tomar pelo menos uns três diários. Esse mundo, que dá sentido a minha vida de certa forma, já não faz mais muito sentido. Cabe agora, buscar o que eu hoje sinto falta, e que sinceramente não sei o que é. Mas que entendo como a minha própria vontade de viver!

sábado, 1 de janeiro de 2011

De volta ao meu mundo?


Primeiro post de 2011, no primeiro dia desde que voltei ao Brasil, em que posso realmente descansar sem me preocupar com o que fazer.


As aventuras foram muitas até chegar aqui. Foram muitos os caminhos e descaminhos percorridos, logo após retornar de Cafayate vi que todos no apartamento do 10° andar da rua 9 de julio começavam a pensar na volta aos seus lugares de origem. Foram algumas noites em que as lágrimas das saudades futuras, dividiam espaço com o alcool que aliviava a dor das distancias. Logo todos iriam se separar, mas antes tínhamos mais uma missão (eu e Fernandão). Conhecer a Bolívia e o Peru, ou mais especificamente o Machu Picchu. Eu ainda enrolado com as últimas provas fui abordado nesse período pela nossa companheira galega, que já tinha montado uma rota com o seu companheiro de casa, Gabriel (outro brasileiro, futuro arquiteto) que contemplava as pretensões minhas e do Fernando.


Assim partimos juntos rumo a fronteira da Argentina com a Bolívia, junto da outra "equipe" nossos queridos, Glauber, Liana, Camila e Ana. Eles porém tomariam uma rota diferente parando em algumas cidades da provincia de Jujuy antes de chegar ao país do Evo. Nossa equipe (alfa) chegou a La Quiaca e logo nos encaminhamos ponte para atravessar a frontera dos dois países a pé. Nosso tempo era contado e fomos direto para a estação de trem, dalí tomariamos a locomotiva para Uyuni, nossa primeira parada na Bolívia.


Na pequena e turística cidade de Uyuni encontraríamos uma fórmula muito utilizada naquele país, a da cidade com pouca infraestrutura e com uma forma de turismo precário que agrada a "gringos" aventureiros. Pequena e cheia de lojas com artesanato, onde a população se comunica com os visitantes pela expressão "amigo". A maioria das pessoas está ciente da importância do turismo para a economia local. E por isso também, se você é turista a chance de ser bem tratado é grande.

...


O explêndido e o absurdo se misturam de maneira irônica nesse país, algumas das mais belas paisagens que eu já vi convivem com os exemplos mais assustadores da miséria, fruto do sistema capitalista. A riqueza cultural dos incas e dos povos pré-incaicos é com certeza inestimável, mas ela só é valorizada quando convém. Convém às grandes corporações a criminalização da coca, planta utilizada entre outras coisas para a produção de cocaína e coca-cola.

Apesar das gigantescas dificuldades econômicas e sociais que o país vive, é inegável que os bolivianos possuem uma das constituições mais progressistas do nosso tempo, assumindo para a nação valores incas, o cuidado com a natureza fundado no culto a Pachamama, o respeito e a verdade acima de tudo. Chamar Evo Morales de comunista é no mínimo reducionista, ciente de sua luta o presidente começa a pagar uma dívida histórica aos povos originários bolivianos e assim começa a se erguer a nação onde descansam muitas maravilhas naturais.

Entre elas o próprio Salar.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Vou levando assim...


Nos últimos dias, ou último fim de semana, me forcei a me separar por um tempo dos bons amigos tucumanos e internacionais do intercâmbio, para conhecer a muito comentada cidadade de Cafayate.
Diversão garantida, e paisagens inacreditáveis eram o que me esperavam. Fui muito bem acompanhado pelo meu irmão Fernandão ou Fernet, e pela galega Paula (sim da Galícia, onde se fala "fame" quando se tem fome...) partindo na sexta pela manhã, chegamos a pequena e turística cidade na hora do almoço. O outro Fernando, dono do Hostel Road Runners, nos recebeu de maneira muito "zen" como a energia do local. Um bom local pra quem gosta de não só beber para um transcender induzido...
Seguindo as indicações dos nossos amigos, conversamos com Fernando do Hostel e organizamos o passeio do dia seguinte, uma descida de 50 km pela Quebrada de las Conchas, desde a Garganta del diablo. O passeio, valeu toda a viagem, porque desde o ônibus quebrado (pela situação em que ficou a porta do bagageiro que o motorista esqueceu aberta, e acabou batendo num poste) até a reta final sob um sol fortíssimo, foram muitas as emoções.
Partimos as 7 da manhã da Garganta del diablo, e desde aí , foram várias as paradas no caminho, tanto para descansar como para apreciar a vista, e que vistas!!
O ritmo nosso não foi muito rápido e por isso no final acabamos tomando um sol de meio dia no meio do desértico Valle de los Calchaquíes. E pra completar o pneu da galeguinha furou e tivemos que mostrar que "quem sabe faz ao vivo" ...
Quase mortos, e com marcas de caminhoneiros (camiseta + sol = marquinha sexy), durmimos a maior siesta desde o início do intercambio (6 horas ininterruptas). Á noite provamos do famoso pollo al disco, que parece uma paella, mas de frango. Acompanhado da gostosa cerveja negra Salta.
A viagem nos rendeu bons amigos (um casal de franceses muito loucos) e várias risadas, e mais uma vez o norte argentino me surpreendeu com o seu povo e a sua paisagem únicos. Voltar foi difícil, agora a corrida é para terminar as provas da Universidade Nacional de Tucumán, para partir até a Bolívia e quem sabe o Perú e o Chile...

Saudações Tucumanas!

Obs: Na imagem, eu e Fernet, na parada das Tres Cruces.